(06/08/11) COMEÇOU!

Como está passando rápido o nosso curso...já entramos no quinto semestre e não deu nem tempo de relaxar...agora as disciplinas da vez são:
Didática Geral, Algebra I, Algebra Linear e Cálculo 2...confesso que está apurado, mas muito gratificante ter percorrido até aqui...Espero que sejamos bem sucedidos em mais essa batalha matemática.
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Tano Matemático

(08/07/09) Respostas Cap 7, 8, 9 (psicologia)

ola amiguinhos...seguem as respostas dos capitulos 7,8 e 9 para estudo.

Capítulo 7

1) Diga o que é, quando e onde ocorre, e qual a importância da aprendizagem. R: Apesar da complexidade em se explicar precisamente o que é este fenômeno podemos adotar a seguinte definição: A aprendizagem é uma mudança de comportamento, a aquisição de conhecimento e de novas habilidades e é resultante das experiências a que o sujeito é exposto, ou seja, é o produto das influências sofridas pelo indivíduo em sua existência.

Desde o nascimento se percebe a aprendizagem no ser humano, que continua em todo o seu desenvolvimento, passando pelos cuidados da família, os ensinos da escola, até sua velhice. Sendo assim, é de extrema importância, pois capacita e prepara o homem em diversas situações que terá que passar em sua vida, tanto no aspecto físico como no psicológico.

2) O que é aprendizagem por ensaio-e-erro (ou tentativa e erro), onde ocorre qual sua importância?

R: A aprendizagem por ensaio-e-erro elaborada por Edward Lee Thorndike (1874-1949) através de experimentos com animais consiste em avaliar a capacidade de se encontrar soluções para problemas mediante várias tentativas até se chegar ao resultado esperado.

Portanto, as consequências dos atos do individuo, segundo a Lei de Efeito (idéia provinda do ensaio-e-erro) são determinadas diante do grau de acertos. Se estiver correto, se repete, se está errado se descarta. Este método é percebido em diferentes formas de transmissão de conhecimento como numa aula de direção, onde o aprendiz à motorista testa até encontrar o ponto exato entre o soltar da embreagem e o pisar do acelerador para dar movimento correto ao carro ou até num problema matemático onde o mesmo é “atacado” de várias maneiras até se obter o resultado.

Esta forma de aprendizado é importante, pois minimiza os índices de erros ao passar do tempo, aprimorando as ações do homem em seu ambiente existencial. Mas por outro lado não são todos os problemas que proporcionam a chance de se repetir os testes sem possíveis consequências negativas, como por exemplo, ter certeza se um alimento é nocivo ou não ao organismo.

3) Explique com suas palavras o que é e como ocorre o condicionamento respondente. R: A associação de elementos que ocorrem ao mesmo tempo em um determinado episódio do cotidiano podem gerar consequências totalmente relacionadas ao acontecido fato. Foi através de experiências referentes a isso que Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936) descobriu o Condicionamento Respondente. Associando o som de sineta com o momento exato da oferta de ração, obteve o salivar de cães mesmo em ocasiões posteriores onde só o barulho era promovido. Levando para o aspecto humano, esse fenômeno se dá principalmente quando dois eventos ocorrem simultaneamente, sendo absorvidos juntamente e formando significados inerentes um ao outro. Por exemplo, quando uma pessoa é afligida ao receber a noticia da morte de um ente querido no momento em que está ouvindo uma melodia, é comum rememorar e até mesmo sentir os mesmos sentimentos muito tempo depois, simplesmente por estar escutando a mesma música.

4) Explique com suas palavras o que é e como ocorre o condicionamento operante. R: O estímulo proporcionado através de premiações às ações executadas estabelece uma forma de aprendizagem que chamamos de Condicionamento Operante. Com a caixa de Skinner, Burrhus Frederick Skinner (1904-1990) idealizou este fenômeno através de experiências com ratos onde os mesmos eram instigados a satisfazer certas condições para alcançar água por exemplo. As exigências eram aumentadas ao passar do tempo criando o processo de aprendizagem chamado de Modelagem.

Levando para o aspecto humano, se verifica em vários setores da sociedade as mesmas maneiras de se fortalecer a vontade de se alcançar a satisfação das necessidades. Quando um indivíduo recebe elogios por suas tarefas, isso o instiga a continuar a exercer seu trabalho. Quando lhe é oferecido um benefício, se vê direcionado a manter os atos que lhe garantiram o “bônus”.

5) Dê exemplos do cotidiano (e da sala de aula, se possível) de aprendizagens por condicionamentos reflexo e operante.

R: Temos muitos exemplos de aprendizagem por condicionamento reflexo e operante no ambiente em que vivemos. Por exemplo, particular ocorrido comigo; quando eu tinha um gato ainda filhote, ao subir na mesa, ele, o gato, foi surpreendido pela forte batida que dei no móvel e saiu correndo assustado. Passaram-se três anos e o gato nunca mais ousou andar por cima da mesa e quando eu só ameaçava bater nela, o felino saia correndo. Este é um fato que podemos definir como condicionamento reflexo, onde o som e gesto são associados às sensações passadas.

Em sala de aula quando um aluno é submetido a uma forma lúcida, divertida e atrativa de se transmitir uma disciplina, é comum que este educando tenha sentimentos agradáveis ao ouvir ou confrontá-la novamente em momento posterior. Pelo contrário, se recebe o conteúdo de maneira desleixada, com professor iracundo, provavelmente associará a matéria ao jeito que lhe foi repassada.

Se tratando de condicionamento operante, é perceptível o estímulo que o aluno recebe ao ser elogiado pelo professor ou quando recebe pontos extras por ser disciplinado ou organizado. Em casa, ao ganhar presentes dos pais pelas boas notas também se configura este fenômeno. O lado negativo em tudo isso é que se retirarmos as premiações talvez não haja mais a vontade de realizar ou manter os desejados comportamentos.

6) Relacione empirismo e behaviorismo.

R: Incentivado pelo darwinismo o Behaviorismo se inclinou ao modo de agir humano, pretendendo através de comparações, observações e experimentações geradoras de fenômenos relativos ao homem, contribuir nos processos de aprendizagem. John Broadus Watson (1878-1958) publicando em 1913 o Manifesto Behaviorista defendeu o comportamento como objeto a ser analisado e não a consciência.

Segundo o Behaviorismo o homem é consequência do ambiente em que está, vive e se relaciona. Ao ser inserido na sociedade encontra culturas e leis pré-estabelecidas e que se preservam até que atitudes indesejadas forcem as modificações necessárias. A escola, portanto, tem papel importante, pois ensina os comportamentos “aceitáveis” e utiliza o professor como controlador dos estímulos reforçadores procurando obter o desempenho máximo dos alunos.

Assim, o Empirismo, que acredita nas experiências como principais formadoras de idéias se relaciona com o Behaviorismo no sentido de valorizar as ações que ocorrem no âmbito existencial humano e suas particularidades.

7) Procure situações da vida real que possam exemplificar os esquemas de reforço. R: Em situações do cotidiano se percebem métodos que configuram a idéia de esquema de reforço. Como por exemplo, na organização do sistema de trabalho de uma empresa, quando os setores são analisados no sentido de avaliar a competência requerida. Geralmente as premiações sugerem o melhor rendimento e por si só são reforçadores positivos, aumentando as chances do comportamento almejado pelo empregador ocorra no expediente.

Por outro lado, as punições são um reforço negativo que visam inibir as atitudes indesejadas no ambiente de trabalho.

Estes esquemas auxiliam em definir o padrão de respostas que o empregador terá diante dos tipos de reforço.

8)Fale sobre a aprendizagem por observação e sua importância social. R: Na sociedade, os gestos dos indivíduos promovem influencias que definem modelos de comportamentos. Há por exemplo os famosos que instigam a veneração do tipo de vida que levam. Há também os pais que proporcionam o exemplo de responsabilidade e caráter. Todos em menor ou maior escala promovem algum tipo de influencia. E é na aprendizagem por observação que se pode obter as melhores formas de se agir diante de tanta diversidade. É analisando o que realmente tem valor nos comportamentos que se pode tomar para si as benfeitorias das experiências expostas. Os maus exemplos assim podem ser identificados e descartados, evitando prejuízos pessoais posteriores.

9) Faça uma breve síntese sobre as formas de aprendizagem que lidou neste capítulo, dando exemplos de onde ocorrem.

R: Foram abordados neste capitulo várias formas de aprendizagem no qual se destacam algumas como:

Aprendizagem por imitação: Aprende-se através da imitação que um ser faz do outro, podendo chegar aos mesmos resultados do sujeito copiado. Ocorre desde cedo, quando o recém-nascido percebe as expressões da mãe e a imita.

A empatia também é configurada quando em fase de compreensão o individuo tem a capacidade de repetir mentalmente aspectos emocionais alheios.

Aprendizagem por observação: Aprende-se através da observação de um modelo de comportamento que ilustra e sugere a consequente reprodução das ações ou não, dependendo da validade e importância do exemplo analisado. Acontece em vários setores da sociedade, como na família, escola, religião, etc.

Aprendizagem por habituação: Aprende-se através da exposição repetida a um estimulo, quando algo deixa de ser novidade. Ocorre já no recém-nascido até o fim da vida.

Aprendizagem por ensaio-e-erro: Aprende-se através de várias tentativas até acertar. Acontece desde e cedo e acompanha o humano durante sua existência.

Aprendizagem por associação: Remete ao fenômeno do condicionamento respondente que estabelece a aprendizagem através da absorção de eventos simultâneos, ou seja, por associação, que geram significados e o reviver de emoções passadas ao presenciar um dos elementos envolvidos com, por exemplo, sons ou gestos. Remete também ao condicionamento operante que ensina através da recompensa dos atos sugeridos.

Capítulo 8

1. O que caracteriza a proposta cognitivista? Quais os fenômenos fundamentais para ela e como interferem na aprendizagem?

R: O interesse pelo conhecimento é compartilhado pelas correntes cognitivistas que observam os acontecimentos relacionados aos processos mentais pelos quais o individuo aprende.

Portanto a proposta cognitivista acentua o estudo sobre a natureza do saber e o valor da razão no desenvolvimento do homem, procurando compreender a aprendizagem como um processo de modificação do conhecimento, em vez de mudança só de comportamento.

Sendo assim, é a tentativa de entender o mundo que estimula a aprendizagem, segundo os teóricos cognitivistas, que promovem em suas idéias algumas explicações dos fenômenos psicológicos.

2. Quais as três noções básicas de Ausubel para caracterizar a aprendizagem significativa?

R: David Paul Ausubel, buscando explorar a aprendizagem como algo maior que apenas a mudança de comportamento propôs três condições e três noções de aprendizagem significativa, que contraria a velha forma chamada de ‘decoreba’.

Condições:

Significativa Lógica: Deve haver facilitação do conteúdo a ser ministrado, utilizando-se da melhor forma para transmitir o conhecimento.

Significativa Psicológica: Necessita de uma relação com os conhecimentos anteriores do aluno, visando assim, a evolução da aprendizagem.

Atitude do Aluno: É preciso a disposição daquele que aprende em relação ao novo com o que já se sabe, permitindo o crescimento pessoal.

Noções:

Conceito Inclusor: O que há de conhecimento no sujeito é ponto de partida para novidades serem inseridas.

Inclusão Obliteradora: Interação entre o que se utiliza na aprendizagem com os conceitos inclusores.

Assimilação: É a conseqüência do processo de interação onde há um real entendimento do que está se aprendendo, relacionando com o que já se sabe.

3. Descreva o que são os inclusores e os organizadores prévios.

R: Quando os novos conceitos têm um caráter de exemplo ou de ilustração são chamados de inclusores. A preparação para inserir estes novos conceitos através de material que auxilia na introdução de inéditos conhecimentos, levando em consideração o que o aluno tem como bagagem intelectual se estabelece como “organizadores prévios” no sentido de formar uma ligação entre um assunto e outro.

4. Na figura sobre o andaime (SILVEIRA, 2011, p.177), em que situação (A, B ou C) o suporte está proposto de modo adequado ao ensino/aprendizagem? Nesta figura isto é uma metáfora: dê um exemplo possível de cada uma destas três situações numa situação de ensino-aprendizagem da sua disciplina. R: Segundo a metáfora elaborada por Jerome Seymour Bruner e seus amigos há uma ênfase dada ao apoio necessário à aprendizagem e às condições para o sucesso da “obra”. Com três figuras que demonstram o nível do andaime em relação a parede de tijolos se percebe na figura A que o apoio é insuficiente, na C, é elevado demais e na B se observa a altura ideal, estando de acordo com a empreitada que se está realizando.

Levando para o aspecto da disciplina de matemática em sala de aula, podemos verificar que a figura A se estabelece metaforicamente quando o professor não tem a percepção que o conteúdo ministrado é ultrapassado já pelas mentes que o assistem, persistindo em estudos que já foram absorvidos.

Com relação à figura C, se percebe muitas vezes que o professor ao iniciar um novo conhecimento supõe que o anterior já esta aprendido. E na matemática isso ocorre frequentemente, pois por ser uma ciência em construção, é necessário aprender de uma maneira gradativa, o que nem sempre acontece. Pulam-se os conteúdos.

Agora no caso B se constata uma relação adequada entre quem propõe e quem recebe o aprendizado, acarretando uma verdadeira edificação do conhecimento.

5. Aponte e discuta uma das propostas de Bruner acerca da aprendizagem. R: Uma das propostas de Bruner em relação a aprendizagem consiste na “aprendizagem por descoberta”, que idealiza a construção de conhecimentos através do estimulo da criatividade, do raciocínio e não na forma passiva de receber informações. É importante, pois traz a oportunidade de se discutir de maneira abrangente as opiniões e inteligência do maior numero dos envolvidos nas questões do conteúdo a ser ensinado.

6. Use a metáfora do andaime para examinar os ajustes que o professor pode/deve fazer no processo de ensino-aprendizagem.

R:Através da metáfora do andaime se percebe claramente que o professor como aquele que ensina deve compreender e “aceitar” os ajustes necessários para que haja verdadeiro aprendizado e não apenas o repasse de conteúdos programados. Pois horas e criatividades são desperdiçadas ao se mecanizar a educação com a simples transmissão do material e que muitas vezes está em desacordo nível de absorção dos alunos.

A adequação diante das diversidades e conhecimentos já existentes se mostra fundamental para a vida de professor.

7. Qual a metáfora utilizada para explicar o modelo de processamento de informação? Quais as etapas do processamento e por que esta metáfora é interessante para entender aprendizagem?

R: A metáfora que tenta explicar o modelo de processamento de informação é promovida pela idéia de entradas e saídas de um computador, ou seja, o armazenamento e exposição de dados. O inicio da aprendizagem nesta teoria se dá pelo fenômeno da percepção e atenção, passando para os tipos de memórias que se diferenciam pelos graus de duração.

8. Em que condições os fatos passam da memória mais frágil (memória sensorial) para a memória mais duradoura (memória permanente)? Como o conhecimento deste fenômeno pode contribuir para melhorar o processo de ensino-aprendizagem? R: É a memória de trabalho ou “central de gerenciamento” como alguns pesquisadores gostam de chamar que determina o que é útil para o organismo ou não. Ocorre logo após a entrada das informações no individuo e estabelece o que fica armazenado.

Esta afirmação ou idéia estipulada contribue para o melhoramento do ensino-aprendizagem, pois sugere o roteiro na qual o conhecimento percorre e possivelmente se instala no sujeito.

9. Como a teoria do processamento da informação pode servir para orientar a atuação do professor em sala de aula? O que fazer para melhorar a entrada, o processamento e o armazenamento do assunto tratado?

R: Tendo ciência desta teoria, o professor precisa buscar alternativas no sentido de aprimorar a retenção dos conteúdos exibidos. Tornando a percepção, atenção e memória dos seus alunos como aliados no desenvolvimento do saber. Afinal, o armazenamento do que se está sendo explanado se dá geralmente pela importância física, emocional ou psicológica do conhecimento, Portanto é preciso valorizar o que se ensina, demonstrando interesse profundo pelo que se aplica em sala de aula.

10. Diferencie os três tipos de memória e dê exemplos do que ocorre em cada uma delas. R:A memória sensorial (MS) que é frágil em relação a duração do que armazena é a receptora dos estímulos que adentram no ser. Na sequência as informações são passadas para memória de curto prazo (MCP), que tem duração um pouco maior que a sensorial. É na MCP que inicia o processo que pode levar a formação de uma memória permanente. Já a memória de longo prazo (MLP) que é a que mantém o aprendizado se divide em três categorias:

Declarativa Semântica: É estruturada sobre o significado. Ao relacionar uma informação a historias ou proposições, o sujeito armazena e dá sentido ao que memoriza.

Declarativa Episódica: Acentua os detalhes do que ocorre, recupera os fatos com mais “substância” e promove aproximações do que aconteceu no passado.

Processual: Está relacionada às ações e de como fazemos para desempenhar funções no cotidiano, como por exemplo, dirigir, escrever, pedalar, etc.

Capítulo 9

1) Descreva cinco fatores que podem contribuir para o sucesso escolar.

R: Existem diversos fatores que podem auxiliar no sucesso escolar. Alguns deles são:

Melhor preparo dos professores: Deve-se investir na preparação dos educadores tanto na área acadêmica para que haja possibilidade de maior qualificação do que se ensina como também na psicológica para que a relação professor-aluno seja mais harmoniosa.

Conhecimento social: Saber o que ocorre na vida do aluno, os motivos reais das indisciplinas e baixas notas fornecem subsídios para melhor tratamento em sala de aula.

Ética profissional: valorizar o que faz e a quem ensina. Julgar com imparcialidade e lutar para que as direções escolares não sejam partidárias.

Boa remuneração: Aplicar salários que condizem com a carreira, estimulando o professor a se sentir valorizado materialmente pelo que faz.

Aulas dinâmicas: Nenhum aluno gosta de uma “múmia” dando aula. É preciso ensinar com vida, alegria e disposição permanente. Deixar os problemas pessoais fora da escola e expressar o quanto é bom transmitir o conhecimento.

2) Como estas propostas teóricas podem ajudar a entender o fracasso da escola, nas sociedades, com diferentes classes sociais: a) Proposta de Bourdieu; b) Proposta de Foulcalt?

R: Com Pierre Bourdieu (1930-2002) podemos entender que o fracasso escolar se dá muitas vezes, pela escola não se adequar ou compreender “a fala” do aluno, que tem suas características pessoais, sua cultura. Impondo a novidade se demonstra uma tentativa mesmo inconsciente de eliminar o que já existe de bagagem intelectual no sujeito. Mas quando exposta de maneira a elevar os conhecimentos já existentes e adicionar outros tantos se promove as inéditas informações com sucesso.

Já em Michel Foucault (1926-1984) se entende que o fracasso se dá pela “vontade de potência” que algumas direções se apegam, ou seja, pela mania de poder, autoritarismo, que subjugam os personagens do ensino-apredizagem, ou até mesmo pela falta de organização administrativa. É preciso uma gestão democrática para que seja minimizado o insucesso escolar e assim idealizar progressos na educação.

3) Proponha medidas que possam contribuir para prevenir o fracasso escolar, relacionadas às mudanças em:

a) Metodologias de ensino-aprendizagem:

R: Devem valorizar o que o aluno já sabe, focando na idéia de como se utilizar do pré-conhecimento para inserir outros e assim construir de forma efetiva um ensino de qualidade.

b) Avaliações da aprendizagem:

R: Precisam verificar a criatividade do aluno e seu raciocínio e não apenas estipular notas por acertos ou erros técnicos. Não discriminar nem ferir psicologicamente através de pontuações que não revelam a verdadeira capacidade.

c) Organização escolar:

R: É importante que o espaço físico da escola não limite os cidadãos de circularem no seu interior. Com ajustes nas velhas edificações e novos projetos com todas as medidas de inserção das pessoas com necessidades especiais se promove uma possível abertura para todos que querem aprender.

No aspecto administrativo é fundamental que haja um gestão democrática, levando também a família a debater as questões do cotidiano educacional e assim, beneficiando a todos os envolvidos.

d) Sistema de ensino:

R: É necessário que a transmissão do conhecimento seja dinâmico, criativo e aponte para aplicações reais na vida do aluno. Desfazer a forma mecânica de se ensinar que repetem velhas manias improdutivas é indispensável para um sistema qualificado de educação.

e) Formação do professor (inicial e continuada); R: Oportunizar a qualificação dos professores e tornar possível a graduação dos que já lecionam sem diploma. Valorizar a carreira e incentivar o trabalho de pesquisa em cada área correspondente de atuação.

f) Atuação do psicólogo educacional e escolar;

R: O psicólogo deve conhecer amplamente o cenário social em que atua, entendendo que a sala de aula não é um ambiente isolado, mas consequência de um conjunto de fatores que se iniciam fora dos portões da escola. Tem que se relacionar com os envolvidos e não só estudar a relação que existe entre eles.

g) Outras medidas de apoio à comunidade.

R: Abrir as instituições nos finais de semana para atividades culturais, esportivas e até mesmo relacionadas às disciplinas aplicadas em dias normais aos familiares e alunos, gerando sintonia e crescimento na comunidade, mostrando que a escola é lugar do todos.

REFERÊNCIAS

SILVEIRA, Nicia L.D. da.; Psicologia Educacional: desenvolvimento e aprendizagem. Florianópolis. UFSC. 2011.

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Tano Matemático

(06/05/11) RESPOSTAS DE PSICOLOGIA, CAP 4,5,6.

Seguem as respostas que dei na tarefa de psico sobre os capitulos 4,5,6 pra ajudar no estudo pra prova...

Capítulo 4

1) Explique como a Psicologia Ecológica entende desenvolvimento? Como esta teoria contribui para explicar o que foi chamado de influências?

R: As particularidades do ambiente em que é inserido o indivíduo ao nascer propõem ao mesmo a participação em uma estrutura já consolidada. Porém, ao se desenvolver, o homem, mediante suas observações e ações geradas pelas condições do momento, interage com os aspectos ambientais e o altera diante das necessidades impostas pela vida. Sendo assim, a Psicologia Ecológica entende o desenvolvimento como a inter-relação entre o ser humano e o local em que ele se encontra, valorizando as características culturais, sociais e religiosas do sistema vigente. Através das influências promovidas pelo microssistema (família, pessoas próximas), mesossistema (escola, igreja), exossistema (governo, mídia) e macrossistema (crenças, ideologias) o ser humano é visto como parte de um contexto maior no cenário da existência, não separado do restante da sociedade. Portanto, a contribuição da teoria que interliga a pessoa ao ambiente está em buscar indícios do porquê das atitudes não apenas no indivíduo em si, mas em todas as poderosas fontes de influência que o cercam.

2) Discuta os conceitos de transferência e contra-transferência e como estes processos podem se dar na relação professor-aluno.

R: Tanto aluno como professor são influenciados por experiências repletas de sentimentos externas à sala de aula, levando-os a configurar no ambiente escolar comportamento vinculado aos acontecimentos do cotidiano ou até mesmo do passado. Há no processo de aprendizagem a construção de sentimentos entre aluno e professor que muitas vezes distorcem o objetivo de transmissão de conhecimento e educação específica. Tanto amor como ódio podem coexistir nas relações entre discente e docente, dando margem para privilégios de alguns e represálias para outros. É necessário, portanto, que o aluno entenda que precisa aprender e o professor compreenda que necessita ensinar, não influenciando o desenvolvimento educacional através de emoções particulares. Pois como diz Morgado (1995)

Para cumprir sua função de mediador entre aluno e o conhecimento, o professor não deve corresponder aos intensos sentimentos transferenciais. Sua contratransferência apenas reforçaria a transferência do aluno, instalando um círculo vicioso em que a relação pedagógica serviria de pretexto para a revivescência mútua das fixações libidinais. Para que o saber ocupe o centro da relação, o amor e o ódio devem ser substituídos pelo desejo de ensinar e o desejo de aprender.

3) Tome um aluno como referência e aponte seu microssistemaos elementos que estão presentes no ambiente que lhe é próximo. Aponte elementos do macrossistema que o atingem. Como o próprio aluno "afeta" estes sistemas – que papéis ele pode exercer?

R: O ambiente familiar influencia o aluno em suas ações em sala de aula. O tratamento das pessoas próximas para com ele o alimenta com sentimentos benévolos ou prejudiciais dependendo de como se relacionam, gerando diante do professor manifestações correspondentes ao microssistema em que vive o discente. Por receber também influencias de ordem superior, como as leis educacionais impostas pelas ideologias ou políticas vigentes, esse aluno é afetado poderosamente se seu desenvolvimento no ambiente que lhe é próximo não o prepara para o macrossistema. Mas é na relação entre as experiências do seu microssistema e macrossistema que este aluno promove a observação dos educadores para uma melhor forma de aprendizagem. Com suas atitudes e exercendo papéis de influenciador, o aluno pode modificar também os ambientes e assim com o apoio necessário melhorar os sistemas.

4) Como o Psicodrama entende desenvolvimento? Inclua na sua resposta o que é Matriz de identidade e como ela afeta o desenvolvimento dos sujeitos.

R: A espontaneidade, característica trazida ao nascer juntamente com a criatividade e sensibilidade fazem do humano um ser que se desenvolve, segundo o Psicodrama, em fases onde a percepção do que se é aos poucos surge, esclarecendo e tornando-o consciente do universo a sua volta. Porém, somente ao passar pela Matriz Identidade, que é o lugar onde o indivíduo incorpora e assimila os conteúdos da sociedade, como regras, culturas e influencias educacionais é que se instala gradativamente a concepção de mundo, passando pelos momentos onde a criança não diferencia os objetos a sua volta, depois pelo reconhecimento de si mesma e por fim a do entendimento que existe o outro. É importante frisar que a as características citadas que o individuo traz ao nascer podem ser abafadas pela imposição da sociedade vigente e por isso se faz necessário o uso de técnicas psicodramáticas para resgatar as mesmas no sentido de elevar o desenvolvimento.

5) Fale de modo breve sobre as técnicas psicodramáticas, dizendo como elas podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem?

R: As técnicas psicodramáticas visam recuperar a sensibilidade, a criatividade e espontaneidade que porventura tenham sido amortecidas pelos fatos da vida e influências abafadoras. Levando em conta a Matriz Identidade, que dá início ao processo de definição do ser como indivíduo, destaca-se técnicas como a do duplo, onde um eu auxiliar faz o papel de protagonista, como por exemplo, uma mãe que age pelo bebê na fase onde a criança ainda não se deu conta do que é.

A definição de espelho como objeto que reflete a imagem do ser também é incorporado nas técnicas dessa psicologia, fazendo com que o protagonista saia da dramatização e um ego auxiliar o represente.

Também intensamente usada, por ser intimamente ligada ao teatro, a técnica de inversão de papéis fortalece a compreensão de existência de outros seres, ressaltando os sentimentos e ações que ocorrem independentes do próprio eu.

Todas essas técnicas estimulam o processo de ensino-aprendizagem, pois conscientizam as diversas situações em que pode se encontrar o indivíduo, devolvendo-lhe as características outrora perdidas.

6) Discuta os conceitos: a) consciente/inconsciente; b) mecanismos de defesa; c) realidade/ fantasia.

R: Estar consciente é vivenciar as situações da vida de modo racional, satisfazendo as necessidades com compreensão da realidade que cerca o individuo. A consciência em si, que estrutura a personalidade, é adquirida com o tempo e promove o controle de ações instintivas. Já na inconsciência, os fatos que agem sobre o homem não são controláveis, não podendo ser trazidas as motivações à luz da memória. É o estado onde a consciência não governa a alma e suas intenções.

Por não acessar a plenitude do que realmente é, existem mecanismos de defesa que operam como instrumentos de proteção dos conteúdos inconscientes no ser humano. Alguns desses mecanismos são visualizados na imitação e até mesmo nas mesmas emoções sentidas por alguém quando este internaliza as características de outros (mecanismo de identificação). De volta a níveis de desenvolvimento superados para chamar a atenção ou se adaptar a situações mais simples ocorre o mecanismo de regressão e principalmente para manter o equilíbrio mental se utiliza o mecanismo de repressão que por impedir o máximo de pensamentos ruins é um dos mais importantes sistemas de defesa da alma. E esses mecanismos são cada vez mais usados com o passar do tempo, quando salta aos olhos a realidade que se apresenta ao eu.

Contudo, ainda se pode verificar através do ensino as formas de preparar uma criança para a realidade. Enquanto alguns incentivam as histórias fantasiosas, e isso por si só já incentiva a formulação de outras fantasias ou faz acreditar que as mesmas são realidades, outros desde cedo impõem a ciência restrita do que se constitui como real. O importante é que o ser humano que convive tanto com realidades como com fantasias saiba superar e discernir uma da outra para que sua vida tenha qualidade.

7) Descreva de modo breve as fases de desenvolvimento apontadas pela Psicanálise. A transição entre estas fases é automática ou está relacionada ao ambiente? Neste caso a família e a escola podem contribuir neste desenvolvimento?

R: O desenvolvimento do ser humano, segundo a Psicanálise, não necessariamente passa por todas as fases sugeridas, sendo elas a oral, anal, fálica, de latência e genital. A fase oral que acontece nos primeiros meses de vida de uma criança consiste no prazer que este tem em absorver através da boca o alimento e até mesmo em provar objetos que lhe chamem a atenção. Com o expelir das fezes, a criança percebe que há prazer na região por onde isso acontece e muitas vezes brinca com o produto evacuado, sendo esta a fase anal que acontece do primeiro ao quarto ano de vida. Já dos quatro ao seis anos ocorre a fase fálica, que promove a descoberta do prazer através dos órgãos genitais, introduzindo práticas de auto-toque e algumas vezes o evento do Complexo de Édipo. Antes de a puberdade surgir, a energia é canalizada para ações de aprendizagem e sociabilidade, e nisto temos a fase de latência, que não determina a região específica onde a libido se encontra. Já na fase genital, que ocorre após a puberdade, a busca pela satisfação se baseia não mais em si mesmo, mas em outro ser, atingindo supostamente o pleno desenvolvimento emocional.

Mas apesar destas fases estarem bem definidas, não quer dizer que as passagens para cada uma delas sejam automáticas. Tudo depende de como a cultura familiar ou das pessoas que cuidam da criança entendem o processo de crescimento. As influências exteriores podem acelerar ou até anular algumas destas fases. Sendo assim, os que estão próximos (família, escola) podem contribuir ou prejudicar se não souberem tratar deste processo. Por exemplo, um pai não alertado para a fase fálica, pode julgar um filho baseado na malícia de sua percepção e impor situações onde a criança se desenvolverá de maneira imprópria.

Capítulo 5

1) Piaget é um psicólogo construtivista: a partir de suas leituras justifique esta afirmação.

R: Piaget é construtivista por considerar que a criança pensa diferente de um adulto e por levar aquele que ensina a se colocar no lugar do outro, obtendo a noção de como está se processando o aprendizado. Preocupou-se em entender como o individuo avança no conhecimento, passando de um saber menor para um saber maior. Através de testes analisou crianças para entender o porquê de erros e como as mesmas chegavam a determinadas soluções. Portanto, para Piaget, o desenvolvimento cognitivo está totalmente relacionado com o ambiente, criando um processo de adaptação, onde estruturas mentais mais elaboradas surgem, ou seja, a capacidade de construção de novos conhecimentos é possível, e assim se evolui gradativamente diante das diversificadas situações em que está inserido o humano.

2) Descreva a adaptação dentro da teoria de Piaget. Dê um exemplo a partir da sua observação.

R: Ao nascer, o humano se adapta ao ambiente em que esta sendo inserido e este ajustamento se dá pela capacidade de construir novos conhecimentos. Ao interagir com o lugar em que se encontra o individuo terá que enfrentar situações onde será necessário um processo de equilibração, ou seja, uma estabilidade onde a assimilação e a acomodação à inéditos eventos seja indispensável.

Solucionar os problemas além das ciências ja existentes, promovendo outras estratégias configura a idéia de receber novas informaçoes e tratá-las de maneira apropriada, avançando em métodos de raciocínio e ação. Por exemplo, quando uma criança acostumada a mamar no peito, recebe um copo com leite, buscará meios diferentes de bebê-lo, não usando mais o jeito que fazia ao sugar no seio da mãe.

3) Quais devem ser as principais características no processo de ensino-aprendizagem e de uma escola para estarem em coerência com a concepção de Piaget sobre desenvolvimento e aprendizagem?

R: É imprescindível que a escola como o lugar onde o conhecimento é transmitido por adultos analise os pormenores do desenvolvimento da criança, tratando-a de acordo com sua estrutura mental e estabeleça critérios onde as formas de raciocínio do aluno sejam valorizadas e suas capacidades intelectuais sejam exploradas através de métodos que a incentivem ao raciocínio e busca de novas soluções. Se o discente já é adulto não se altera a forma de se ensinar, pois é necessário que o estímulo ao descobrimento de novos conhecimentos sejam feitos constantemente. Sendo assim, a escola terá a concepção de Piaget sobre desenvolvimento e aprendizagem, promovendo a preparação diante dos desafios do cotidiano, fortalecendo o senso de adaptação e construindo uma sociedade mais inteligente.

4) Quais os principais aspectos dos diferentes estágios do desenvolvimento cognitivo para Piaget?

R: O desenvolvimento, segundo Piaget está relacionado à capacidade de organização do ser humano, tendo em vista estágios chamados de períodos sensório-motor, pré-operacional, de operações concretas e formais.

O período sensório-motor acontece nos primeiros anos de vida e ressalta a ação do corpo da criança em relação aos objetos que a cercam, seja tocando, vendo, cheirando, provando e até mesmo imitando. No período pré-operacional que ocorre dos dois aos 7 anos de idade, as atitudes da pessoa revelam a habilidade de associar simples nomes que a fazem compreender formas e outros seres, mas mesmo assim não deixando de demonstrar um egocênctrismo por não ter a idéia de se colocar no lugar de outro. Já na fase dos 7 aos 11 anos consegue resolver problemas matemáticos, utilizando o raciocíonio e a classificação de objetos mentalmente, vivendo assim, o chamado período-concreto. E por fim temos o estágio de operações formais que inicia a partir dos 11 anos em diante e que é o ponto máximo de desenvolvimento humano, pois é onde o individuo pode dominar o raciocíonio abstrato, elevendo seu conhecimento através de hipóteses, teses e busca das provas concernentes ao seu interesse.

5) Redija: por que para Vygotsky o homem não nasce humano, mas torna-se humano?

R: Para Vygotsky o homem nasce um ser biológico, apenas com funções psicológicas primárias, portanto a humanidade é construida através da relação que este ser tem com os que o cercam. Através das influências de outros, a mente é alimentada com novas informações e assim possibilita a superação nas formas de raciocinar. É o processo sócio-histórico que desenvolve o homem como ser humano, com ênfase para a linguagem como meio de aprendizagem. Portanto, coforme esta concepção, os indivíduos são inseridos na sociedade através do nascimento com a forte tendência a se tornarem humanos mediante o conhecimento já existente e que pode ser adquirido de formas diversas. No decorrer do tempo e da quantidade de absorção destas ciências o homem consegue aprimorar seu estado de humanidade.

6) Caracterize zona de desenvolvimento proximal. Dê um exemplo do cotidiano

R: A realização que o sujeito alcança sem ajuda de outros é o seu desenvolvimento real. Já quando necessita de apoio de outras pessoas, pois somente consegue efetivá-las com colaboração alheia é o seu desenvolvimento potencial. A ZDP (zona de desenvolvimento proximal) é a diferença entre os desenvolvimentos citados. Esta diferença está no sentido de distância entre um conhecimento e outro mais avançado. Portanto, se um aluno conhece as operações de somar de subtrair, o professor , alguém capacitado ou até mesmo um livro está na ZDP, e é o mediador entre essas operações e as de multiplicar e dividir por exemplo, promovendo um avanço no conhecimento, utilizando-se do que o aluno já sabe para transmissão de outros assuntos, resultando em aprendizagem constituida.

7) Argumente a favor do papel do professor como: a) um coordenador – proposto pela teoria piagetiana; b) um mediador – proposto pela teoria histórico-cultural.

R: Diante da teoria piagetiana o professor deve ser o estimulador do raciocínio desbravador de resoluções para novos desafios do cotidiano, tendo consciência do estado de desenvolvimento em que se encontra o aluno. Trabalhando com assuntos que estejam de acordo com a fase do discente, fortalecendo o senso de adaptação e promovendo o trabalho em grupo para constatação das diferentes formas de se resolver um problema.

Com as idéias histórico-culturais, o professor tende a valorizar o que o aluno já sabe, relacionando os conhecimentos existentes com os que serão proporcionados, sendo mediador, uma ponte que liga os saberes menores aos maiores, colaborando assim, nas potencialidades do individuo e sua formação humana, no sentido de aborção de informações importantes.

8) Escolha um conteúdo da sua área. Planeje como ensinar este mesmo conteúdo usando como referência cada um dos dois autores apresentados anteriormente: a) Piaget; b) Vygotsky.

R: Bom, como ainda não sou professor de matemática, mas de teatro, tenho a declarar que tanto Piaget como Vygotsky fazem parte dos cursos e ensaios em que participo como coordenador. Por exemplo, se uma pessoa não tem noção nenhuma de interpretação é importante se colocar no lugar dela (Piaget) para sentir como seria a melhor forma de aprender. Então seriam introduzidos conceitos elementares de teatro, com dinâmicas para aguçar o raciocínio e desinibição, mas considerando a fase em que a pessoa se encontra. Porém, é de se enfatizar que há conhecimentos anteriores nesta pessoa, e mesmo que não sejam específicos sobre teatro podem ser utilizados, como por exemplo, um conhecimento sobre dança, música ou simplesmente sobre como as pessoas se comportam na vida e assim ser um mediador (Vygotsky) levando a pessoa para um entendimento maior na arte de representar.

9) Pense nas relações entre ensino e aprendizagem: elas são idênticas nas propostas de Piaget e Vygotsky ? Quais as consequências para o processo de ensino-aprendizagem ao se adotar uma ou outra teoria.

R: As propostas entre Piaget e Vygotsky são distintas. Enquanto para o primeiro o ensino/aprendizagem deve ser adaptado à fase em que o aluno se encontra para o segundo é justamente o inverso, é o aprendizado que provoca o desenvolvimento. As consequências ao assumir uma ou outra concepção está na forma de avaliar o aluno. Se este está sendo tratado de acordo com seus estágios de formação, sua avaliação será conforme os assuntos em que sua faixa de desenvolvimento pode supostamente suportar. Já se ele é estimulado a se adaptar ao aprendizado, tendo em vista o avanço, independente de sua classificada fase de desenvolvimento, sua avaliação deve se dar no sentido de analisar o grau de aproveitamento dos conteúdos proporcionados e sua recepçao para com os mesmos. Porém, é necessário antes de tudo um estudo aprimorado para se identificar qual seria a melhor proposta numa escola.

10) Após ter claro o que se pode definir como desenvolvimento e aprendizagem, aponte como podem ser pensadas as relações entre estes dois fenômenos. Fique atento a estas relações, pois elas podem contribuir para diferenciar as teorias psicológicas presentes na Psicologia Educacional. Dê exemplo disto tendo como base as teorias psicológicas estudadas até aqui.

R: Até aqui foi salientado nos estudos feitos sobre desenvolvimento e aprendizagem o grande papel influenciador daqueles que recepcionam o individuo ao nascer. Mesmo considerando-o dotado de características especiais preexistentes ou simplesmente aceitando-o como um produto biológico que aos poucos se torna humano é de se constatar que o condicionamento a que o homem está suscetível é importante modelador de seu desempenho como ser que existe e pensa. Ao se descobrir nas fases sugeridas por brilhantes psicólogos ou fazer parte de um conjunto de fatores que o instigam a aprender, o homem cresce cercado pelo ambiente e culturas que o envolvem. Portanto, o desenvolvimento está ligado à aprendizagem, assim como a aprendizagem está ligada ao desenvolvimento e apontar quem vêm primeiro é muitas vezes contradizer importantes descobertas na área psicológica. Por exemplo, as colaborações de Piaget e Vygotsky são indispensáveis apesar de se contrariarem na questão de ensino/aprendizagem.

11) A Psicologia Ecológica e o Psicodrama apresentam pontos em comum com as propostas de Piaget ou de Vygotsky? Tente comparar estas propostas.

R: A Psicologia Ecológica entende que o homem recebe poderosas influências dos sistemas pelos quais é cercado. Sejam eles microssistemas, mesossistemas, exossistemas ou macrossistemas. Já o Psicodrama acredita que com o tempo, as características como espontaneidade, criatividade e sensibilidade são abafadas por causa das imposições a que o individuo é submetido. Em Piaget se verifica a relação do comportamento humano em se adaptar ao ambiente utilizando sua inteligência, pois o local onde se situa o individuo promove diificuldades a serem superadas. E por fim Vygotsky entende que é justamente no contato com outras pessoas que o homem se torna humano de verdade. Assim, podemos notar que a cultura que rodeia o individuo é fator importante em todas as teorias relacionadas.

Capítulo 6

1) Fale da teoria do ciclo vital e sua contribuição para o entendimento do ser humano.

R: A teoria do ciclo vital considera o inicio do desenvovimento humano na concepção, ou seja, no momento em que é gerado até o fim da vida. Por observar de forma plena as propriedades das fases em que a pessoa vive traz benefícios no sentido de como agir diante de tantas particularidades nas idades correspondentes a gestação, infância, adolêscência, juventude e velhice. Elenca fatores de dificuldades que esses períodos promovem e ajuda a entendê-las para uma melhor forma de vencê-las. Por tratar cada um em seu devido lugar sugere o não abuso de um pelo outro como por exemplo determinar trabalhos pesados a crianças, sendo que estes competem a adultos. Contribui significativamente no controle de atuações que se verificam numa sociedade, fortalecendo as virtudes de cada estágios e o respeito devido aos mesmo.

2) Há vantagens em dividir o ciclo de vida em períodos: a) quais as vantagens e b) as desvantagem?

R: A vantagem que se percebe na divisão do ciclo de vida em períodos está no enfoque que se pode dar em cada um deles, gerando leis que os protejam, ciências específicas que os estudem e análises mais detalhadas com melhor poder de comparação com outras fases da vida. Até mesmo na área comercial isto traz um lucro importante e a economia se aproveita disso para absorver os desejos externados em cada período. É possível determinar direitos baseados nas condições de vulnerabilidade que se encontra o ser humano nos períodos porpostos, fortalecendo uma sociedade mais consciente e respeitadora dos indivíduos que a integram. Se há desvantagem, talvez seja na não percepção que muitas pessoas não se enquadram nas idades determinadas para os períodos e sofrem com o rótulo de que não gostariam de ser chamadas, principalmente na fase da adolescência e terceira idade.

3) Aponte algumas das mudanças (pelo menos 3) que marcam o período da terceira infância (6-12 anos), bem como, recomendações para facilitar o ensino-aprendizagem neste período.

R: No campo do raciocínio, a criança nessa fase começa a aplicar a lógica e a entender o que passa a sua volta. Como é uma fase onde a escola se torna parte de sua rotina, este momento pode ser mais bem aproveitado pelos professores para estimular de maneira sadia ainda mais o desenvolvimento. A terceira infância traz também os conflitos de auto-estima baixa em alguns e nisso é importante que aquele que ensina esteja sensível aos sintomas e não prejudique com palavras ou atos que não valorizam a criança. Mas é praticamente no fim dessa fase que ocorre o evento visível no corpo, a puberdade, e as descobertas e curiosidades afloram intensamente nos indivíduos, tanto meninas como meninos e é imprescindível que estes sejam conscientizados deste período e suas particularidades.

4) Aponte algumas das mudanças (pelo menos 3) que marcam o período da adolescência (12 até...?) bem como, recomendações para facilitar o ensino-aprendizagem neste período.

R: É notório na fase da adolescência o crescimento acelerado do corpo e suas implicações no cotidiano da pessoa. Esse corpo estranho ao que estava acostumado indica a transição para uma nova fase em sua vida e problemas de ordem psicológica podem ocorrer. O desapego às coisas de criança e a busca de uma identidade mesmo que seja imitação de alguém famoso ou adaptações às modas dominantes da época ocorrem neste processo, afinal é preciso ter o seu lugar no espaço. Os desejos sexuais são parte intensa neste período, gerando curiosidades e práticas mais acentuadas em relação aos prazeres proporcionados pelo corpo.

É importante, portanto que aquele que ensina um adolescente saiba que os interesses pessoais estão em alta e as manifestações de insatisfação são muito comuns e assim amenizar os conflitos através da compreensão e tratamento adequados.

5) Discuta: o período da adolescência é igual para todas as sociedades? E para todos na sociedade? Como ela se encerra também?

R: Definitivamente o período onde se considera a adolescência é distinto dependendo das culturas instaladas. No ocidente o adolescente vive sua fase estudando e se preparando para a fase adulta. Com exceções de famílias que desde cedo acarretam no individuo neste período responsabilidades que o fazem entender a vida com mais comprometimento. E assim, se analisarmos a diversidade de situações, veremos que esta fase é maior ou menor dependendo de como os pais tratam o adolescente. Não são poucos os que fazem papel de mantenedores da casa juntamente com os pais e passam rapidamente ou até mesmo sem perceber, os conflitos dessa fase tão intensa. Em culturas indígenas não há adolescência, pois com rituais que provocam a coragem do jovem, é feito a transição para a fase adulta. Contudo, é a partir do momento em que o jovem assume responsabilidade sobre si mesmo e se sente preparado para iniciar uma nova geração é que se lança na idade adulta.

6) Aponte algumas das mudanças (pelo menos 3) que marcam o período da idade adulta (depois dos 20...). Quais as recomendações para facilitar o ensino-aprendizagem neste período?

R: A responsabilidade toma forma e contribui com a autonomia da pessoa na fase adulta, com exceções para alguns que não conseguem ou não querem deixar o conforto e os poucos compromissos do lar paterno. É o estágio da maturidade intelectual e poder de decisões mais importantes. É o período onde já se tem conhecimento acumulado e experiências que o ajudam a governar sua própria vida. Porém, se pouco exercitou a mente em estudos e aprendizados terá certa dificuldade em recuperar o tempo perdido, por exemplo, num curso de Educação para Jovens e Adultos. É importante então que o professor esteja consciente dessas dificuldades e introduza de forma simples e gradativa os conteúdos, tendo em vista que além dos problemas de aprendizagem há um desconforto em relação à idade.

7) Para a teoria histórico-cultural a linguagem é de fundamental importância. Defenda esta idéia com os principais argumentos desta teoria.

R: O sistema simbólico mais importante para a teoria histórico-cultural no sentido de aprendizagem é a linguagem. A comunicação exercida pelos pais com a criança destaca o conhecimento de uma forma de se expressar e a partir dela novas fontes de aprendizado são sugeridas. Como a língua é meio de se relacionar e parte do grupo em que se encontra a criança, este conhecimento é de forma interpessoal. Com o tempo, a criança se apropria deste conhecimento tornando-o intrapessoal. Sendo as teorias psicológicas histórico-culturais baseadas na mediação do aprendizado, se verifica a relevância da fala no processo de desenvolvimento. Pois nos relacionamentos dos indivíduos há sempre alguém ensinando através do diálogo, da conversa e intermediando novas informações continuamente.

8) A idade adulta é uma fase homogênea? Justifique falando de como pode ser subdividida.

R: A idade adulta não é homogênea, mas pode ser subdividida em três classes:

Jovem adulto, dos 20 aos 40 anos, onde a saúde física atinge seu máximo e depois decai. É onde também as decisões mais importantes da vida são tomadas.

Meia-idade, dos 40 a 65 anos, onde já há indícios de deterioração da saúde e com dúvidas sobre o sentido da vida pode ocorrer a crise de meia-idade. Mas em contrapartida se tem maior conteúdo de experiências para resolver problemas práticos.

Terceira-idade, de 65 anos em diante, onde a saúde depende muito do condicionamento físico e alimentação saudável. É um período de aceitação das limitações físicas e muitas vezes financeiras também, mas nem por isso deixa de ser um momento onde se pode viver com qualidade.

REFERÊNCIAS

SILVEIRA, Nicia L.D. da.; Psicologia Educacional: desenvolvimento e aprendizagem. Florianópolis. UFSC. 2011.

http://www.conteudo.org.br/index.php/conteudo/article/viewFile/31/29

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