(27/03/10) PCC - FILOSOFIA



Uma das opções de Prática como Componente Curricular (pcc) da disciplina de filosofia é analisar e relacionar as suposições dispostas no filme Pi...A matemática é fascinante e gera inclinições extremas como relatadas nessa obra de ficção...Segue abaixo o link para baixar o filme:
http://tretasdownloads.blogspot.com/2009/03/pi-o-filme-legendado-pedido.html

Pi, o [fi]lme, e o infinito no alfa
   Pi, primeiro filme de Darren Aronofsky (eita nome difícil!), é do tipo que precisa ser visto com igual atenção por apreciadores do cinema independente, nerds de computador e diletantes dos números. O roteiro é centrado em Max Cohen, que após quase ficar cego ao olhar para o sol aos seis anos de idade, emerge dessa experiência com um dom incomum para matemática. Apesar de aplicá-lo mais constantemente na solução de simples multiplicações para a garotinha que é sua vizinha, Max se dedica em empregar seu dom para identificar padrões matemáticos na natureza, a ponto de ter construído, dentro de casa, um super-computador, para auxiliá-lo em seus estudos. O personagem foi baseado nos irmãos David e Gregory Chudnovsky, que nos anos 90 projetaram e construíram, em seu apartamento neoiorquino, um computador com peças compradas pelo correio, com o qual pretendiam calcular o valor de pi com a maior precisão de dígitos possível. 
Max Cohen
Max dá a tônica de sua procura, e do próprio filme, quando diz que “a matemática é a linguagem da natureza”. Esse simples enunciado é suficiente para explicar tanto a invenção dos algarismos, polinômios, triângulos e integrais quanto a confusão de um aluno de primário com frações ou equações de segundo grau, insistentemente apresentadas em sala de aula como entidades abstratas autônomas, ao invés de representações da natureza, analogia simples e eficiente. Afinal, qualquer um capaz de compreender que uma parábola é tão somente a trajetória descrita por uma moeda quicando no chão não precisa mais gastar neurônios para lembrar uma fórmula indecifrável como ax2 + bx + c = d. No entanto, essas fórmulas têm a extraordinária qualidade de serem abrangentes; de descreverem, de modo genérico, a trajetória de qualquer parábola – e é nesse poder de síntese que reside sua beleza. Recentemente, essa busca por fórmulas que expliquem a natureza têm se tornado tema predileto do cinema, em filmes como Uma Mente Brilhante ou Gênio Indomável, ambos centrados na busca por teorias perfeitas de gênios da matemática. 

   A busca de padrões matemáticos que tornassem qualquer acontecimento previsível, do ciclo das chuvas ao crescimento dos pés de milho, desde sempre foi uma busca humana, tanto pelas possibilidades de grandeza que abriam (como a construção de templos maiores) quanto pelas facilidades práticas que criavam para o dia a dia. Por exemplo, já os gregos conheciam e usavam a chamada razão dourada, conhecida pela letra fi, em homenagem ao escultor grego Fídias, que usou-a em suas obras. Fi, aproximadamente 1.618, é conhecido como razão dourada pela quantidade imensa de vezes em que se manifesta na natureza. A partir da construção de “retângulos dourados” – retângulos onde a razão da base pela altura é igual a 1.618 – onde a base do próximo retângulo é sempre igual, em comprimento, à altura do anterior, é possível desenhar uma espiral, conhecida como a “espiral dourada”, que aparece na natureza em caracóis, redemoinhos, chifres de bodes... No corpo humano, a razão dourada aparece entre o comprimento das falanges e das falangetas dos dedos da mão, e em várias proporções do rosto. 
   (Parêntesis: no Renascimento, Leonardo da Vinci voltou a utilizar extensivamente a “proporção divina”: um retângulo que envolva o rosto da Mona Lisa será um “retângulo dourado”, que, se for dividido na altura dos seus olhos, criará outro retângulo assim. Um de seus desenhos anatômicos mais famosos usa exatamente essa proporção entre a altura de um homem e sua altura até o umbigo. O mais intrigante é que, embora em qualquer pessoa as proporções anatômicas ao menos se aproximem de fi, toda vez que o valor encontrado é muito exato, a percepção tende a enxergar aquilo como... beleza. Uma modelo em uma propaganda de cosméticos apresentaria a razão dourada na relação entre várias medidas de seu rosto. No documentário A Face Humana, John Cleese e Liz Hurley apresentam um cirurgião plástico que percebeu o quanto essa relação se repete no rosto, a ponto de construir uma complexa máscara humana composta de triângulos, retângulos e hexágonos, baseados na razão dourada, que pode ser aplicada a qualquer rosto. O mais impressionante é como a máscara encaixa direitinho em qualquer rosto que se considere bonito, independente de raça, região ou tempo. Como os clientes de um cirurgião plástico querem ficar mais belos, seu método é, fundamentalmente, aplicar uma máscara proporcional à face do cliente, ver onde estão as principais divergências... e corrigi-las com o bisturi. Qualquer um pode sobrepor uma máscara à sua foto e ver o quanto o rosto se aproxima do conceito universal de beleza.)

No filme, a obsessão de Max Cohen com a razão dourada é expressa por closes em conchas marinhas, pelo desenho espiralado de creme derretendo na superfície de uma xícara de café, ou da fumaça de um cigarro se desfazendo no ar, ou mesmo em uma foto da própria galáxia, que também se assemelha a uma espiral. Para Max, “se fomos criados por uma espiral, e vivemos em espirais, tudo que podemos criar são espirais”. Curiosamente, em nenhum momento é mostrado o valor de fi, apenas há o gancho para uma seqüência de números que era uma série de Fibonacci, ou seja, uma série na qual cada elemento é sempre igual à soma dos dois anteriores (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21,...). A razão entre dois números consecutivos deFibonacci é praticamente a razão dourada, com a precisão crescendo à medida que se usam valores maiores. 
Se os
 irmãos Chudnovsky acabaram por bater o recorde do cálculo de dígitos de pi, tornando-se assunto de reportagem na New Yorker, Max Cohen também não passa despercebido em sua pesquisa. Uma empresa quer contratar seus serviços para escrever um programa capaz de prever o comportamento das cotações da bolsa de valores, já que a variação no preço das ações é usada pelo matemático como um teste de calibração de seu computador. À princípio, Max segue o estereótipo do cientista-recluso-anti-social-desapegado-dos-bens-materiais, mas que cede ao canto da sereia quando lhe oferecem por moeda de troca um chip super-poderoso. Claro que o chip é muito mais um artifício de roteiro do que uma possibilidade, assim como o computador que Max constrói parece saído da Guerra do Ferro Velho; a inspiração visual de Darren, pelo menos para as representações tecnológicas do filme, é confessadamente, a estética de Rod Serling nos episódios de Além da Imaginação - até mesmo na fotografia em preto e branco, uma constante em primeiros trabalhos de cineastas recém-formados (vide o premiado Um Sol Alaranjado, de Eduardo Valente). 
   Além dessa empresa, Max é contatado por judeus hassídicos que, estudando a relação entre letras e números no Talmud, pretendem chegar à revelação sagrada contida em um certo número de 216 dígitos. Aqui vai mais um escorregão do roteiro, que confunde numerologia com matemática ao achar que a associação de números com seus significados místicos, sagrados ou religiosos é campo de estudo da última, quando é da primeira. De qualquer maneira, o gancho religioso é uma sacada notável, senão pela contraposição material-espiritual, profano-sagrado, que cria em oposição imediata ao objetivo lucro da empresa do mercado de ações, ao menos por lembrar que, mais do que meramente indicarem quantidades, os números contém um aspecto simbólico, estudado na aritmologia de Pitágoras e presente em todas as religiões (40 dias de quaresma, o sétimo céu, os 3 mil prazeres...).
 
   Ainda que acabe participando de rituais com os judeus hassídicos, ou que venha negociar o
 chip com os interessados em seus estudos, a única pessoa a quem Max dispensa real atenção a ponto de conversar, na película, é seu professor aposentado Sal, nas longas partidas do jogo chinês Go que disputam. Sal abandonara seus estudos sobre o pi desde que sofrera um ataque nervoso, retomado por Max como base de sua procura de um padrão matemático. Também conhecido desde os gregos, o pi, além ser a razão entre o comprimento de um círculo e seu diâmetro, constante em qualquer figura circular, é um número irracional, ou seja, é impossível representá-lo como uma fração, dado que a seqüência de algarismos que aparece depois da vírgula (3,141592653589...) é completamente aleatória, e não pode ser descrita por nenhum padrão. Sal tenta convencer Max de que a idéia de buscar uma lei matemática para fenômenos naturais pode acabar levando-o à loucura, e, ao invés de orientar sua pesquisa, fica advertindo-o para que não esqueça das outras coisas da vida não cobertas por sua pesquisa. Além de recomendá-lo a usar a intuição durante o jogo, ao invés de tentar deduzir o algoritmo das jogadas que conduzem à vitória, é particularmente divertido vê-lo afirmar que o ovo de Colombo do teorema de Arquimedes tinha sido, na verdade, a mulher do matemático, porque fora ela a responsável por mandar o sábio descansar um pouco e ir tomar um banho – o que, como, se sabe, acabou levando-o a enunciar o teorema... 
Obcecado, Max não dá ouvidos a Sal e, quanto mais cai dentro do seu computador de fundo de quintal – bem, não dá para criticá-lo totalmente...
 Steve Wozniak também começou assim -, mais terríveis dores de cabeça se manifestam, dando vazão a delírios e paranóias, um prato cheio para o diretor exercitar todo seu talento de edição visual e sonora, perturbando os espectadores com microfonia, distorção e música eletrônica. São aquelas cenas manjadas em que o público nunca sabe exatamente se o que aparece na tela está acontecendo mesmo ou só na cabeça do personagem. A trama é habilmente conduzida, com direito até a cenas clássicas trash da tripa-por-metro, unindo os as 3 linhas paralelas – a pesquisa matemática, a perseguição religiosa e a pressão empresarial – até amarrá-los num coerente final que, como não poderia deixar de ser, permite várias interpretações. Ao invés de gastar pestana em uma, optarei por lembrar aqui que, se nenhum número sagrado de 216 dígitos foi descoberto ainda, já foi possível chegar a um número que contém tudo, todas as coisas criadas que possam ser simbolizadas e mapeadas por algarismos. Este número é o alfa, foi proposto por Champernowne e se escreve-se seqüenciando os números naturais, depois da vírgula: 0,012345678910111213141516..., sendo conhecido como constante de Champernowne. Assim como o pi, é preciso um computador para escrevê-lo com maior precisão. O alfa contém todas as seqüências de valores existentes, e portanto, descreve tudo que há no mundo. Atribua-se um valor a cada caractere de um teclado comum, segundo a tabela ASC II, e uma frase passa ser representada por uma seqüência de números. Do mesmo modo, qualquer livro pode passar a ser representado por uma grande seqüência de números, e esta seqüência estará incluída no alfa. Um quadro? Partindo-se do princípio que o olho humano é capaz de distinguir apenas 16 milhões de cores, e que não é capaz de perceber nada em resolução menor do que uma quadradinho de 0.05 milímetro quadrado, qualquer imagem pode dividida em uma malha de quadradinhos de 0.05 milímetro quadrado, e sua cor respectiva, indicada por um número código que representa uma das 16 milhões de cores. Assim, se o quadro for lido linha a linha horizontalmente, anotando-se a seqüência de cores como uma série de números, o resultado será uma imensa série de números que também está contida em uma expansão do alfa. O mesmo vale para qualquer seqüência de DNA. Qualquer átomo. Qualquer molécula. 
   O mais espantoso disso é que existe uma relação direta entre o alfa e o pi, algo como alfa = pi/26, e ambos os números estão ligados pela teoria da
 complexidade de Kolmogorov. Esta teoria introduz o conceito de que a complexidade de qualquer coisa pode ser medida pelo programa de computador que a produz; como o programa que escrevesse o alfa teria que continuar para sempre, o alfa tem complexidade “infinita”. É o universo inteiro em si mesmo. Talvez a matemática não seja suficiente para explicar, ou mesmo conceber, uma consciência superior, mas até aqui já foi capaz mapear toda a criação. 

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Tano Matemático

(20/03/10) PCC - ESTATÍSTICA

Nosso grupo formado por Vera, Manuel e Cristiano já começou o trabalho de PCC de Estatística...Com a coleta de dados feita no Colégio Estadudal Deputado Nilton Kucker em Itajaí, demos o ponta pé inicial para os cálculos requeridos em relação às notas e frequências...Nosso objetivo será analisar a evolução do ensino matemático no ensino médio de 2007 a 2009... Segue abaixo um texto muito interessante sobre o ensino da matemática.

Ensino de matemática vai mal
Crianças que não aprendem e professores que não ensinam contrastam, no Brasil, com excelentes pesquisas acadêmicas e brilhantes resultados em olimpíadas nacionais e internacionais de matemática.
   A maioria das pessoas tem medo da matemática e dentre 41 países, o Brasil ficou em 40º lugar em performance dos alunos. Pior: as notas do Provão dos professores de matemática recém-formados oscilaram em torno da média 1,2. Por outro lado, em pesquisa acadêmica matemática, o país está entre os vinte melhores do mundo, ao lado de Índia, Espanha e Hungria, e com crianças muito bem classificadas nas olimpíadas internacionais, em 15º lugar, no Ranking, com destaque para alunos do Ceará. Que história é essa? 
   Será a matemática vilã ou vítima desta história? Para a presidente da Sociedade Brasileira de Matemática e Conferencista da 55ª Reunião da SBPC, professora Suely Druck, da Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro, o problema é grave, mas tem solução. As causas contemplam principalmente a péssima formação dos professores de matemática e o ?fanatismo e distorções? geradas entre os educadores, segundo ela, com o fato do ensino da matemática ter que ser contextualizado, de acordo com normas do MEC. "Nem tudo tem modelagem matemática. Chegou-se ao cúmulo de se buscar a matemática em festas juninas, poesias e de se abandonar conceitos teóricos como a algebrização ou o Teorema de Pitágoras, que está deixando de ser ensinado por ser velho. Ora, se ele é velho, imagine os algarismos, será que vão resolver bani-los?" De acordo com Suely, a matemática tem alguns aspectos que a diferenciam de outras áreas. "Ela é seqüencial, você não aprende a dividir se não tiver aprendido a somar, subtrair e multiplicar, nesta ordem. E não se pode pular etapas. Por outro lado se você errar o primeiro cálculo de um problema, você erra-o por inteiro, diferente de uma redação de português, por exemplo, em que se consertam palavras e letras", diz. Baseada em raciocínio crítico e lógico, a matemática é realmente considerada a maior área de dificuldade do aprendizado em crianças, de todo o mundo, mas para a professora, "qualquer criança tem toda a capacidade de aprender matemática, se o processo do ensino for efetivo e correto. É uma disciplina em que a criança busca dentro de si os recursos para dar soluções aos problemas, portanto não é autoritária, gera na pessoa o espírito crítico e de independência, exige uma concentração maior para as tarefas e, diante disso, seu ensino é considerado, nos Estados Unidos, área de segurança nacional, à medida que sua falta é um obstáculo ao desenvolvimento econômico".Os professores que estão sendo formados para ministrar matemática, e isto já ocorre há mais de vinte anos, freqüentam, em sua maioria, faculdades privadas onde são aprovados embora desqualificados, "e por isto o Provão apresentou estes resultados, mesmo tendo exigido matemática apenas de segundo grau e quase nada do terceiro", afirma Suely.Segundo ela, o perfil das faculdades de matemática contempla alunos com origem humilde que, por sua vez, já tiveram má formação escolar. "São futuros professores aos quais não são oferecidas bibliotecas, atividades de pesquisa e que também não podem adquirir livros. Este também é o perfil dos que ingressam na faculdade pública, mas aí eles encontram dificuldade para se formar porque são mais exigidos e podem dispor de maior material para formação".
   Por outro lado, já formados, os professores trabalham em torno de 10 horas por dia e sua remuneração não contempla um orçamento que dê acesso a livros e cursos. Embora reivindique algumas reformulações, a professora da UFF é a favor da manutenção do Provão. "Via mídia, a sociedade tem acesso aos resultados do Provão e pode se mobilizar cobrando a correção dos problemas, com a fiscalização das faculdades e os implementos de Estado para se melhorar o ensino da matemática nos três graus". Lembrando que o ensino da matemática está ruim também nas escolas particulares ? "existem algumas ilhas de excelência, é verdade" ?, Suely sugere que sejam ouvidas as propostas da Associação Brasileira de Matemática, da qual é a atual presidente.
   Em texto publicado no "Jornal da Ciência" de 11 de julho deste ano, ela detalha pesquisas realizadas e projetos positivos com ensino de matemática, inclusive o "Numeratizar", implantado no Ceará. "Se somos capazes em pesquisa matemática e se mostramos talentos nas olimpíadas matemáticas brasileiras e internacionais, talentos estes colhidos entre crianças inclusive extremamente pobres de cidades do interior, podemos ensinar matemática para todos", finaliza. 
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Tano Matemático

(12/03/10) MITO DA CAVERNA

Na disciplina de filosofia estamos estudando as idéias de Platão a respeito da educação. O que me chama a atenção é a interessante "alegoria da caverna" proposta a tanto tempo atrás e que refletiu até mesmo nos escritos bíblicos. Trata da ignorância humana diante daquilo que imagina ser o pleno. Segue abaixo o vídeo desta metáfora:
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Tano Matemático

(06/03/10) ESTATÍSTICA



   Aparentemente uma das disciplinas mais sossegadas. O professor Guerra com sua tranquilidade nos trouxe uma visão geral dos 3 primeiros capítulos e ainda nos revelou o que devemos fazer no PCC. Será um trabalho efetivo do que estamos aprendendo, nos dando uma amostra em números do que está acontecendo nas escolas em relaçao ao ensino da matemática. Muito bom. Já to ansioso para colher o dados!

É ANO DE ELEIÇÕES


1. Como é feita uma pesquisa de intenção de voto?

Uma vez contratada a pesquisa, define-se seu foco, prazos, conteúdo, abrangência, identificação da amostra (tamanho, técnica de amostragem, seleção da amostra). Depois são estabelecidos os instrumentos de pesquisa (questionário, cartões, planilhas), o treinamento dos pesquisadores, a coleta dos dados, checagem, processamento e análise dos dados. A última etapa é a divulgação dos resultados e acompanhamento de seus desdobramentos.

2. Como é definida a amostra de uma pesquisa?
Várias técnicas amostrais podem ser utilizadas em pesquisas eleitorais. Nos levantamentos nacionais ou estaduais, em geral os grandes institutos trabalham da seguinte forma: num primeiro estágio, são sorteados ou escolhidos os municípios que farão parte do levantamento; depois, os bairros e pontos onde serão aplicadas as entrevistas. Por fim, os entrevistados são selecionados aleatoriamente de acordo sexo, faixa etária e grau de instrução. Os dados utilizados para composição da amostra são obtidos junto ao IBGE, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

3. Por que eu nunca respondi a uma pesquisa?
As pesquisas têm amostras médias de 2.500 entrevistas e no país há mais de 127 milhões de eleitores, segundo o TSE. Assim, em um levantamento nacional, apenas um eleitor em cada grupo de aproximadamente 50.000 é entrevistado, ou seja, seriam necessários 50.000 levantamentos com essa amostra para atingir o total do eleitorado, sem que nenhum indivíduo seja pesquisado mais de uma vez.

4. Nas eleições municipais, as pesquisas são realizadas em todas as cidades do país? Como elas são escolhidas?
Não. Segundo o Ibope, as pesquisas são realizadas apenas nos municípios determinados pelo órgão de imprensa, entidade, empresa ou partido que contrata a pesquisa. Assim, nem todas as 5.563 cidades do Brasil têm essas informações.

5. Existe uma quantidade mínima de pessoas que têm que ser entrevistadas em cada cidade?
Usualmente a amostra mínima é de 300 pessoas. Entretanto, o tamanho depende do grau de segmentação e de precisão desejados nos resultados. Para as pesquisas municipais, o Ibope faz a seleção em dois estágios: no primeiro, escolhe-se os bairros; depois os entrevistados. Na segunda fase a seleção é feita por cotas proporcionais, de sexo, idade, grau de instrução e setor de dependência econômica. As proporções são feitas com base em dados do IBGE.

6. Qual é o número mínimo de entrevistados para uma pesquisa de eleição presidencial?
Segundo o Datafolha, as amostras nacionais têm entre 2.000 e 2.500 entrevistas, mas não há tamanho mínimo ou ideal para uma amostra eleitoral. O mais importante é a sua representatividade, ou seja, como são selecionados os entrevistados. Da mesma forma, para o Ibope o mais importante é o grau de similaridade da pesquisa com o universo pesquisado. O tamanho é calculado com base no grau de precisão que se deseja, no nível de detalhamento na análise dos resultados e dependendo do tempo e recursos disponíveis. Costuma-se utilizar amostras entre 2.000 e 3.000 entrevistados.

7. Existe alguma diferença entre as pesquisas para eleições municipais e as para eleições presidenciais?
Na elaboração dos levantamentos as diferenças são poucas, mas, de maneira geral, os resultados das pesquisas municipais e federais podem ter características distintas. Segundo o Ibope, percebe-se que as mulheres são mais críticas nas questões relacionadas ao município, pois os assuntos debatidos durante a campanha estão mais presentes em seu dia-a-dia, como questões relativas à educação e saúde dos filhos.

8. Como funciona o cálculo da margem de erro das pesquisas eleitorais?
Todas as pesquisas, por elas utilizarem amostra probabilística, têm margem de erro amostral. Esse erro é calculado em função do tamanho e da heterogeneidade da amostra e dos resultados obtidos. A margem de erro normalmente divulgada refere-se a uma estimativa de erro máxima para uma amostra aleatória simples. Assim, considerando o erro amostral, fica estabelecido um intervalo de confiança -- limites para mais e para menos em relação ao valor obtido.

9. Qual tipo de intenção de voto é mais importante numa reta final de eleição: a espontânea ou a estimulada?
Segundo o Instituto Datafolha, o ideal é observar conjuntamente os resultados. As taxas obtidas na intenção de voto espontânea podem indicar o grau de consolidação do voto em um candidato, mas os resultados da pergunta estimulada são mais utilizados pelos analistas, pois apresentam menor taxa de indecisão e quanto mais próxima a eleição, maior é a tendência de que se aproximem dos resultados apurados. De acordo com o Ibope, os dois tipos de respostas são importantes: a espontânea mostra quem já está "firme com cada candidato" e a estimulada mostra como o eleitor se comportaria se tivesse de decidir naquele momento da entrevista.

10. Qual é o intervalo de tempo necessário para um determinado fato refletir-se no resultado da pesquisa?
Não há regra para determinar tal intervalo, pois depende de fatores como o grau de importância que o eleitor atribui ao fato, o destaque que ele terá no noticiário, o grau de conhecimento que o eleitor terá sobre o fato, entre outros. Existem fatos que podem alterar o resultado da intenção de voto muito rapidamente, até mesmo na véspera das eleições, e outros que levam mais tempo.

11. Que fatores garantem a credibilidade de uma pesquisa?
Pesquisas dependem das técnicas utilizadas e da eficácia com que são aplicadas, questionários e amostras bem elaborados, entrevistadores treinados e análises isentas dos resultados e identificação do contratante. Também asseguram a qualidade da pesquisa o modo de apresentação e divulgação dos resultados. E no caso de eleições, há regras importantes, como o registro no TRE ou no TSE.

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Tano Matemático

(06/03/10) FUNDAMENTOS II




O professor Aldrovando é um apaixonado pela matemática. Sua aula foi muito boa. Despertou-nos ainda mais para os mistérios dos números. Com um olhar diferenciado sobre os conteúdos ele nos mostrou que não basta estudar, temos que viver matemática!

Uma breve reflexão sobre o número
   Muitas vezes nós, professores, ao ensinar matemática, nos deparamos com desafios que se ampliam a cada dia. Um deles é o pouco interesse dos alunos em estudar a matemática que nos propomos a ensinar. Essa problemática é ampla e não é nova, provocando o questionamento constante de nosso ensino. Isso nos faz refletir e buscar alternativas para que o ensino dessa disciplina torne-se instigante, desafiador e interessante para o aluno. Nesse sentido, trazemos uma breve reflexão sobre a aventura da construção do número pela humanidade, bem como a concepção do negativo como tal. O número em si foi concebido originalmente como uma representação de quantidade, pois os homens utilizavam a forma concreta de contagem, com pedras ou gravetos. Depois evoluiu para a forma representativa em símbolos, mas permaneceu em sua unidade básica o princípio da contagem. Assim, a semelhança básica com a contagem era a unidade. Por exemplo, a correspondência entre dez unidades de ovelhas com oito unidades de lobos, ou a correspondência entre o número de dedos das mãos com os dedos dos pés. Segundo Boyer (História da matemática), dessa (…) percepção de uma propriedade abstrata que certos grupos têm em comum e que nós chamamos de número (…) surgiu a definição equivocada e antiquada da matemática como “aritmética”, ou seja, a “ciência do número e grandeza”. Embora essa concepção de número abrisse caminho para a matemática moderna, a matemática não se resume ao número e às aventuras que eles proporcionam. Igualmente, o número não se resume à representação de quantidade. Vislumbre comigo uma situação: O professor ensina aos seus alunos que o número é uma representação de quantidade, e para isso se utiliza de objetos concretos. Depois de um tempo, percebe que o aluno A e o aluno B estão cochichando. – Vocês não estão entendendo a aula? Diz o professor. Os dois alunos com ar de intelectualidade se olham. Daí, o aluno A diz: – Professor, se o número significa quantidade e eu moro no apartamento 301, então quer dizer que no prédio tem 301 apartamentos? O professor engole a saliva e explica: – Não aluno A, o número 301 não significa que tem 301 apartamentos no teu prédio, mas que o número 3 significa que o apartamento está no terceiro andar e o número 1 é o número do apartamento nesse andar. A resposta do professor foi extraordinária, convincente e correta, porém, com um detalhe: Inflou ainda mais os egos dos alunos A e B. Isso fez o professor pensar e descobrir que o número não se resume em representar quantidade apenas, mas também como forma de código. Isso é óbvio, pois o número 301 dependendo do contexto pode ter outros significados. Se fossem 301 bananas aí sim, o 301 seria uma quantidade. A história não parou aí. O aluno A cutuca o aluno B e fala baixinho: – Pergunte ao professor o que significa a placa do carro do meu pai MBI9257. Como estava no fim da aula o professor concluiu elogiando os alunos A e B, e anunciou que numa próxima aula traria mais aplicações dos números. Particularmente gostamos dessa provocação. Dessa tentativa de não deixar o pensamento matemático preso dentro de um quadrado. Ainda bem que estava no final da aula, porque outros alunos já tinham em mente outras perguntas envolvendo frações, expoentes e até criptografia. Um aluno até já estava tirando da mochila uns mapas para perguntar sobre os diversos numerosinhos encontrados. Embora essencial, a caracterização de número como representação de quantidade para o aprendizado possui o que chamamos, segundo Boyer, de “fraqueza matemática” e não um erro. Essa caracterização de número foi fundamental para lançar as bases da matemática moderna. É essencial para fixar a concepção básica de número nas séries iniciais. Assim, é natural que apareçam algumas dificuldades mais adiante na concepção de número como quantidade. Por exemplo, representar concretamente o número negativo. Essa provocação é boa e, na história da matemática, verificamos que demorou séculos até ser aceito o negativo como número. Como o número era a representação de quantidade (ou medida), os matemáticos não consideravam o negativo como número. Somente a partir do século XIII é que, aos poucos, foi se aceitando o negativo como um número. Nessa época, a matemática era fortemente dependente da geometria euclidiana e o número negativo obviamente não poderia existir nessa representação, pois a geometria euclidiana trabalha com medidas concretas das formas geométricas. Após quase dois séculos é que houve uma plena aceitação do negativo como número para as operações de adição e subtração. Não demorou muito para se estabelecer os fundamentos da utilização do negativo também para a multiplicação e divisão. Por isso é natural a dificuldade que os alunos têm com os números negativos. Não podemos esquecer que essa mesma dificuldade também ocorreu com a humanidade que lutou por muitos séculos contra a aceitação do negativo. Desde a invenção da escrita, por volta do ano 3500 a.C. até por volta do ano 1200 d.C. se passaram quase 5000 anos para a aceitação e entendimento pleno do negativo como número, assim como sua representação como tal. Essa informação possibilita ao professor olhar para seus alunos com mais carinho e atenção, pois essa dificuldade não é nova. Ocorreu com a humanidade, ocorreu conosco quando éramos alunos primários, e vai continuar ocorrendo com outros alunos. Cabe a nós professores criar condições que propiciem aos alunos um ambiente de ensino prazeroso, aberto a diferentes questionamentos, possibilitando um processo de ensino-aprendizagem, reflexivo, provocante e instigante.
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Tano Matemático

(05/03/10) FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS



   Hilário, porém muito cativante. Assim transpareceu ser nosso querido professor de filosofia, Marco. Conversas e debates nortearam sua aula que trouxe até nós uma visão do bam bam bam Sócrates. Apesar de ser um torcedor fanático do Palmeiras (Seria interessante ouvir o que Sócrates pensaria disso (não o ex-jogador, o grego mesmo, rs) esse figura deu uma bela amostra do que imaginamos ser o estudo dessa matéria tão legal. 
Algumas frases e pensamentos atribuídos ao filósofo Sócrates:

- A vida que não passamos em revista não vale a pena viver.
- A palavra é o fio de ouro do pensamento.
- Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.
- É melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal.
- Alcançar o sucesso pelos próprios méritos. Vitoriosos os que assim procedem.
- A ociosidade é que envelhece, não o trabalho.
- O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância.
- Chamo de preguiçoso o homem que podia estar melhor empregado.
- Há sabedoria em não crer saber aquilo que tu não sabes.
- Não penses mal dos que procedem mal; pense somente que estão equivocados.
- O amor é filho de dois deuses, a carência e a astúcia.
- A verdade não está com os homens, mas entre os homens.
- Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.
- Quem melhor conhece a verdade é mais capaz de mentir.
- Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.
- Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.
- Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo de Deus. 

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Tano Matemático

(05/03/10) GEOMETRIA I (primeiro encontro)



   O primeiro encontro presencial do segundo semestre foi inaugurado com uma figura já conhecida de todos; o professor Nereu. Bate papo descontraído e algumas curiosidades geométricas marcaram a aula que ficou só na teoria mesmo. Esperamos no decorrer do curso nos aprofundarmos nos "estudo das medidas" e entendermos mais o universo incomensurável que nos cerca. Segue abaixo algumas curiosidades.

FASCINANTE
  O que é que leva as abelhas a construir os alvéolos dos favos de mel com forma de hexágono, e assim conseguir um aproveitamento matemático perfeito do espaço?

    O mundo mineral brinda-nos igualmente com inúmeros exemplos matemáticos, nomeadamente no que se refere a sólidos geométricos. Um dos mais famosos em todo o Mundo é a chamada Calçada dos Gigantes, um vasto aglomerado de colunas de rocha basáltica vulcânica, em forma de prismas de diferentes alturas, na sua maioria hexagonais, mas também pentagonais e ainda de polígonos irregulares com 4, 7, 8, 9 e 10 lados, que se erguem junto à costa setentrional do Planalto de Antrim, na Irlanda do Norte.

   Muitas mais formas geométricas abundam no mundo natural em nosso redor, embora nem sempre visíveis a olho nu. Ainda entre os minerais, a geometria está particularmente presente, sobretudo em elementos que tendem a cristalizar, ainda que apenas por pouco tempo. De resto, podemos facilmente verificar isso mesmo, sempre que observamos flocos de neve e gelo. Todos eles exibem um padrão que poderá ser mais ou menos complexo, mas sempre de base hexagonal, o que se torna verdadeiramente assombroso, sobretudo se dermos crédito à crença generalizada segundo a qual não existem dois flocos iguais (na realidade, tal parece já ter sido desmentido por algumas exceções; contudo a raridade desses achados não diminui em nada a magnitude do número de combinações possíveis que podemos encontrar nos cristais gelados). E, obviamente, entre os cristais de minério propriamente ditos, as formas e figuras geométricas encontram-se profusamente representadas.

  
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Tano Matemático