ANÁLISE INTERPRETATIVA DAS QUESTÕES ABORDADAS NO DOCUMENTÁRIO “ILHA DAS FLORES”
SOBRE AS RELAÇÕES SOCIAIS
1- O que estabelece e como você explica as relações sociais?
R: O estabelecimento das relações sociais se dá mediante imposições, troca de influências e organizações de trabalho e produtividade.
O sistema atual configurado pelas gerações passadas proporciona um quadro de múltiplas relações sociais, onde a interação do indivíduo corresponde ao que já se firmou.
As relações sociais se explicam pela necessidade do indivíduo em ocupar espaço, em alcançar objetivos comuns e de satisfazer as exigências da coletividade. Adquirir um lugar na sociedade requer o inevitável desenvolvimento dos relacionamentos, absorvendo o que já se definiu e repassando o que se aprendeu. Os objetivos comuns ajuntam naturalmente as pessoas instigadas pelo desejo de alcançarem suas metas, entrelaçando-as em relações sociais que visam o fortalecimento dos planos estabelecidos. Portanto, as necessidades e interesses da pessoa no quadro de múltiplas relações (família, escola, trabalho, lazer, etc) se adaptarão às exigências da moral social, que tenta governar a consciência individual para o bem da sociedade em geral.
2- Como as pessoas se relacionam e porquê?
R: As pessoas se relacionam através de inúmeras ligações de ordem comum, como por exemplo a família, que é a base da sociedade e onde desde os primeiras ações o individuo aprende, conhece e manifesta as aptidões sociais. Na convivência integrada de pais, filhos e irmãos se constitui os fundamentos para a evolução de outras relações, como as efetuadas no âmbito escolar, profissional, religioso, etc.
O indivíduo percebendo desde cedo em sua consciência que necessita de outras pessoas para aprender, admite a si próprio a importância extremamente valiosa das relações. Se relaciona porque depende do sistema organizado e se interessa pelas questões que implicam-se ao seu redor.
3- Quais as relações mostradas no documentário?
R: Foram mostradas no documentário “ilha das flores” relações sociais de múltiplas faces:
A relação do agricultor com o supermercado visando o dinheiro. Produto negociado (tomate).
A relação da revendedora de perfumes com o supermercado, comprando tomates e carne de porco com o dinheiro conquistado em seu trabalho.
A relação da revendedora com a fábrica de perfumes, comprando produtos para revendê-los às pessoas visando o lucro.
A relação da revendedora com sua família, preparando os alimentos comprados no supermercado para serem consumidos. (Dentre esses alimentos um tomate foi considerado inadequado e jogado no lixo).
A relação do dono do terreno onde é depositado o lixo com seus empregados, que selecionam os alimentos para a alimentação dos porcos.
A relação da aluna com a sociedade através da prova de história. (depois essa prova é jogada no lixo).
A relação das mulheres e crianças com os empregados do dono dos porcos e do terreno, tendo a permissão de vasculhar no lixo.
Conclui-se que as relações tiveram um objeto comum (o tomate) que revelaram a interligação da sociedade e sua desigualdade por causa do dinheiro.
4- O que vai definindo as relações das pessoas?
R: O que vai definindo as relações sociais são as atuais formas de organização coletiva, sejam elas de caráter financeiro, político, religioso, familiar, entre outras.
A continuidade do sistema estabelecido influi consideravelmente na definição das relações escolhidas e desenvolvidas.
Com o crescimento tecnológico e expansão das informações a interdependência é evidente, interligando os indivíduos em uma definição de sociedade cada vez mais moderna e ampla.
SOBRE A MODERNIDADE
1- Qual a maior contradição que se estabelece na sociedade moderna e como ela se apresenta no documentário?
R: A maior contradição que se estabelece na sociedade moderna baseia-se nas opostas situações do cotidiano. Contribui para o paradoxo moderno a hipocrisia, que como chave-mestra num enredo de impraticáveis ideologias, hora visa os lucros e esquece os necessitados, hora propõem ajuda aos desfavorecidos e propõem unicamente o destaque político.
No documentário “ilha das flores” esta contradição se apresenta acentuadamente na forma como são tratadas as mulheres e crianças no depósito de lixo, onde o alimento (tomate) como objeto comum entre as relações sociais finalizou seu percurso comercial.
Sendo assim, a valorização da vida tão proclamada pela sociedade se contradiz em um ambiente fétido, poluído e cheio de produtos que interligaram as pessoas, mas não estabeleceram a justiça social.
2- Que tipo de vida social a modernidade impõe?
R: A modernidade impõe uma vida social de instabilidades, desigualdades e favorecimento da imagem aparente do individuo.
A busca desenfreada pelas riquezas coopera para uma sociedade onde a distorção de valores se notabiliza, gerando divisões de classes e desmerecimento dos que tem menos oportunidades.
A estabilidade sempre ameaçada pelas aceleradas mudanças nesta sociedade fortalece a sensação de medo e desconforto do individuo perante o sistema.
Esta imposição se mantém intensa pelo avanço das relações modernas, onde as determinações seguem o lucro e a melhor imagem individual.
3- Como você abordaria as questões sociais expostas no documentário?
R: As questões expostas no documentário “ilha das flores” apontam a injustiça social, as desigualdades e o lado trágico do capitalismo
Tentar mudar o sistema para uma concepção de total justiça entre as pessoas seria minha forma de abordar essas questões. Logicamente não se consegue individualmente transformar uma sociedade fundamentada por organizações que se elevam e abrangem cada vez mais o espaço rentável. O importante seria com gestos de real ação buscar o melhoramento da vida dos que tanto sofrem com as desigualdades, atuando e fazendo o que seja possível em prol da igualdade.
4- Explique o fundamento da desigualdade social.
R: A desigualdade social se baseia na concentração de riquezas por parte de alguns em oposição aos poucos recursos com que outros sobrevivem.
Classes divididas por rendas que oscilam em números exorbitantes e ninharias salariais, evidenciam a desproporcional situação da sociedade.
O capitalismo é forte incentivador da desigualdade, pois sempre haverá nesse sistema a necessidade de mão-de-obra barata e lucros nas relações sociais.
NO BRASIL
1- A industrialização no Brasil acompanha que momento da história mundial do capitalismo, explique o que isso implica para a vida social.
R: O capitalismo sendo vítima de si próprio está em mais um momento de crise no cenário mundial com prejuízos em escalas descomunais. O Brasil com uma indústria forte, mas dependente das políticas monetárias internacionais sofre bastante, tendo que reaver produções e analisar detalhadamente os investimentos colocados à risco. Todos somos afetados na vida social pela instabilidade mundial, pois não há como fugir desta modernidade que tanto influi no dia a dia dos indivíduos. Superar a situação atual é a expectativa dos brasileiros, mas como vencer a crise? Já perguntava Marx: como o capitalismo poderá sair de suas enrascadas: "Como se resolveria esse conflito e como se restabeleceriam as condições correspondentes ao movimento "sadio" da produção capitalista?
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