Essa disciplina faz a gente se mexer...tanto na criatividade intelectual como no bater de pernas mesmo...nosso grupo já visitou o colégio nessa primeira atividade do PCC...mas antes vou publicar a síntese do capítulo 1...
SÍNTESE DO CAPÍTULO 1
ESCOLA: UMA INSTITUIÇÃO NECESSÁRIA
A transmissão de conhecimento juntamente com a preparação daquele que aprende é ação antiga e evolui mediante os interesses de cada povo em sua região. Com o avanço das civilizações a idéia de “escola” se fortaleceu e iniciou sua participação na história humana com o repasse impositivo das doutrinas cristãs do século VII ao XIV. Após esse período houve um desejo de socialização do indivíduo, onde se valorizou os preceitos pregados pelo protestantismo, contribuindo para que a escola se tornasse um lugar de educação moral (século XV ao XVIII). No entanto, foi a partir do século XVIII que a escola assume o papel de fortalecedora da pessoa como ser que trabalha e desempenha funções na sociedade, visando o crescimento na área técnica e científica. Ressaltando que no Brasil a intenção de escolarização universal só ocorreu no inicio do século XX.
Com esse retrospecto é possível perceber que a escola se desenvolve através das políticas ou governos vigentes na época em que se apresenta, não descartando radicalmente as fórmulas anteriores de ensino, mas redefinindo-as conforme as necessidades presentes.
Visualizando então de uma forma geral a representação das instituições de ensino verificam-se características semelhantes no aspecto estrutural quando se reflete sobre os perfis que as identificam. Tanto na parte física (prédios, salas) como em seu material vivo (professores, alunos) se constata uma linha de costumes que remetem ao passado muitas vezes longínquo. Essa “cultura escolar” mantém em sua essência uma rígida base que propaga ao indivíduo que se relaciona com ela uma sensação de similitude entre os mais variados estabelecimentos de ensino. Levando em conta a arquitetura, infelizmente se nota, se analisada desde os primórdios das criações das escolas, um retrato da herança discriminatória e imperativa que o ser humano tem vivenciado aos longos dos anos. Prédios construídos com a intenção de vigiar, formatos de classes de modo a privilegiar o autoritarismo e projetos pedagógicos que só beneficiam algumas ciências enquanto outras não são abordadas são exemplos que se mostram ainda hoje no Brasil e no mundo.
Esse tipo de “cultura escolar” referente à arquitetura é prejudicial, pois faz lembrar os males, os preconceitos e as limitações que muitos acompanharam ou sentiram. Dificilmente se encontra uma escola, principalmente pública, com moldes mais modernos ou que prezem por receber todo tipo de pessoas como, por exemplo, as com necessidades especiais. Rampa de acesso à cadeirantes é só um dos vários problemas que ainda prejudicam a imagem de muitas escolas.
Porém, com um olhar mais criterioso sobre cada uma das escolas existentes se evidencia particularidades que fazem distinção entre uma e outra, demonstrando que há no interior das casas educadoras aparentemente semelhantes uma diferenciação considerável. Portanto, é imprescindível uma aproximação real das escolas para a compreensão das singularidades que as abrangem.
Nisso temos a clara diferença entre “cultura escolar” e “cultura da escola”. Enquanto a primeira quase não traz mudanças significativas aos olhos de quem a vê, a segunda propõe a exclusividade de seus métodos e atributos, não sendo cópia de qualquer outra.
Sendo assim, a “cultura da escola” é a imagem de uma realidade local, revelando o contexto histórico, social e econômico de uma sociedade. É uma construção em andamento, feita de sugestões, diversidade de sujeitos e adaptações.
Concluindo, as transformações necessárias são lentas. A “cultura escolar” é forte. Mas a escola com seus valentes sujeitos devem melhorar cada vez mais a educação através de atitudes que demonstrem que para um bem maior, costumes podem ser desfeitos, leis alteradas e até mesmo reconstruções sugeridas. Não há mais lugar para retrocessos na educação.
0 comentários:
Postar um comentário