Mais uma atividade realizada na árdua tarefa do PCC...
GESTÃO DA ESCOLA
Introdução
Tanto na área burocrática administrativa como nas questões pedagógicas associadas ao âmbito escolar, se verifica o envolvimento da figura máxima das instituições de ensino, ou seja, a gestão de um diretor. Percebe-se, com as características pessoais em cada segmento do estabelecimento educacional, a influência do gestor na estrutura e nas formas de se atuar durante o ano letivo, sendo ele importante instrumento de renovação ou até mesmo de estagnação se não corresponder aos anseios dos agentes que movimentam a escola. Vale ressaltar que a direção de um colégio é normalmente executada com o apoio de assessores, orientadores e supervisores que auxiliam em múltiplas ações do cotidiano e deixam o gestor consciente das diversas necessidades que surgem rotineiramente no período de aulas.
Após esta breve introdução e baseados na entrevista realizada na Escola de Ensino Básico Anita Garibaldi, relacionaremos o conteúdo estudado até agora na disciplina “Organização Escolar” com as respostas fornecidas pela gestora da referida instituição, destacando os procedimentos em prol de uma gestão democrática.
Gestão
O Plano Político Pedagógico é o manual do gestor, o documento elaborado por professores e administradores que o orienta em muitas de suas operações. Apesar de reformulado anualmente, não é seguido completamente durante o exercício das funções que coordenam a escola. Um dos motivos é que, justamente em sua essência, o “PPP”, é idealista, almejando sempre as melhorias que até então não foram alcançadas, e assim esbarra em novas situações que o forçam a ser reavaliado e inevitavelmente inconcluso.
Porém, a “parte” que é cumprida está diretamente ligada ou inserida no dia-a-dia da instituição, regendo as atitudes desde as salas de aula até as áreas administrativas.
Com a colaboração dos docentes na produção e tentativa de cumprimento dos acordos definidos no início do ano e participação ativa das entidades democráticas como APP (Associação de Pais e Professores) e Conselho Deliberativo (Pais, Professores, Funcionários e Alunos) nos processos que confirmam as diretrizes seguidas no decorrer do tempo, se evidencia uma gestão não autoritária, que dá voz aos professores no que diz respeito ao ensino e tem bom-senso em relação a como realizar de melhor forma as determinações do Ministério da Educação.
Assim, as decisões tomadas pelo gestor são, quando possíveis, fruto de discussões com outros funcionários. Entretanto, existem problemas de ordem legal e administrativa que cabem exclusivamente à direção, sendo improvável a influência de pais, alunos ou educadores. Contudo, mesmo naquelas ocasiões onde a comunidade pode se envolver, pouco se nota o interesse da família. As responsabilidades de todos os tipos e a atual correria do mercado de trabalho afastam consideravelmente os parentes dos estudantes dos acontecimentos da escola.
Isso é uma realidade constrangedora para a instituição que em sua intima vocação tem o poder de socialização efetiva através da transmissão do saber, do ensino sistematizado e da inovação de idéias, mas que se vê muitas vezes impotente diante de tanta indiferença.
Concluindo, a gestão democrática da escola propõe a interação dos atores que a vivificam, no sentido de compromissá-los ainda mais com os resultados positivos e valorizá-los, dando-lhes espaço nos debates onde o benefício da sociedade está em questão.
Caso Particular
(Escola de Ensino Básico Anita Garibaldi)
Hoje, a gestão do “Anita” está comprometida pela perda da autonomia causada através de políticas externas limitadoras e falta de interesse de muitos pais em relação aos seus filhos que frequentam a escola sem perspectivas de continuidade em cursos superiores, principalmente os que estudam no período noturno.
Grande parte das salas de aula que existem na instituição foram construídas com recursos arrecadados com a colaboração espontânea da comunidade e por valores lucrados na cantina nos momentos de recreio. Agora essas duas formas de angariar fundos estão proibidas. Logo, na arquitetura, a escola não tem mais iniciativa para mudanças.
O relacionamento dos pais com o colégio é dificultosa. De dez chefes de famílias recebidos no gabinete, só dois visivelmente se importam com o rendimento do filho nos estudos. A maioria apenas aparece no fim do ano querendo saber o porquê da reprovação ou das baixas notas.
Mas independente de tudo isso, a direção tenta com todas as forças atrair a sociedade através de apelos e reuniões, demonstrando que ali, apesar da perda da autonomia, se busca a conciliação e a democracia educacional em prol de todos os participantes.
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