(28/08/10) GESTÃO ESCOLAR

Mais um textinho de minha autoria sendo publicado aqui...

GESTÃO ESCOLAR
    É objeto fundamental na construção do saber, entre as várias formas de educar, o inigualável instrumento de socialização, ou seja, a escola. Com características próprias e amparo na coletividade humana, esta instituição concentra os dispositivos que permitem ao indivíduo encaminhar-se na direção almejada pela sociedade. O contato que se promove na área destinada ao ensino da população viabiliza a valorização de princípios, o avanço da tecnologia, a compreensão das diferenças e a evolução do ser.
   Porém, esta real viabilidade só é vista, ou buscada, na democrática organização da escola. Em grande parte, ainda, o autoritarismo prevalece, dificultando a harmonização da família com os agentes educacionais e dos alunos com as mais variadas práticas de sociabilidade. Espaços reservados para atividades extracurriculares não são garantias de efetiva comunhão entre os membros que se relacionam direta ou indiretamente com a escola. A comunidade não se socializa apenas com leis promulgadas a favor do processo democrático, mas com o pleno exercício de sua cidadania inserida no contexto do relacionamento interpessoal no âmbito da aprendizagem.
    Transpor as barreiras que distanciam a organização democrática é fomentar o diálogo, a participação e o interesse mútuo na consolidação de uma educação qualificada, que influi positivamente nas relações do cotidiano, abrangendo ao máximo os componentes de uma região na qual o ensino se estabelece.
   Portanto, é evidente que há no cerne da gestão escolar a intenção de um trabalho progressivo e de bons resultados, mas que muitas vezes se depara com a problemática do melhor planejamento a ser instaurado.
   O sistema utilizado na transmissão de conhecimento dentro dos moldes de uma organização escolar aparentemente reflete, para quem está de fora, uma funcionalidade concisa e muito bem estudada. Entretanto, toda perspectiva esbarra na multiplicidade de pensamentos, atitudes e gêneros que percorrem uma instituição educadora. Adaptações ou modificações nos projetos anteriormente elaborados são justamente indispensáveis, quando o melhoramento da fase vivenciada está em questão. E se estiverem essencialmente numa forma democrática de organização, as renovadas diretrizes terão a participação de todos os envolvidos.
   Referente à idéia de organização ainda, temos a didática pedagógica que é motivo de polêmicas e muitas opiniões contraditórias. Levando em conta as disciplinas abordadas nas séries que produzem o quadro escolar, percebe-se uma atenção maior dada a certos conteúdos a serem ministrados. Isso é resultado das necessidades de formação do discente no presente momento em que se encontra em relação ao que se está em evidência em sua região. Por exemplo, numa sociedade pautada por números, preços e cálculos não seria conveniente desmerecer o estudo matemático em prol de ciências que não fazem parte da realidade atual. Mas isso não quer dizer que os alunos precisam estar subjugados ou aprisionados à economia ou política vigente da época, sendo apenas depositários de informações que se destacam.
    Há espaço e tempo para que uma pluralidade de significativos conteúdos abarque os mais distintos educandos. Isso é possível, pois existe, apesar de todo o empenho em se designar os caminhos a trilhar em uma escola, a criatividade singular dos que ali se encontram. Toda determinação, seja ela administrativa, pedagógica ou convencional se ajusta às atividades daqueles que mesmo refazendo, promovem uma nova abordagem do que se deve repassar. Mesmo cientes dos compromissos firmados em leis, projetos e decisões primárias, conseguem proporcionar ao ambiente expressões de alcance maior, incentivando o aperfeiçoamento contínuo da educação. Pois entendem que a sucessão de relacionamentos que surgem a cada ano numa escola gera novas formas de se atuar e interagir de maneira geral.
    Diferente disso, se o mesmo jeito de proceder permanece durante os períodos que se acometem sobre uma instituição, é inevitável que se encontre insatisfações violentas e até mesmo desgaste dos que trabalham na mesma.
   Contudo, analisando pormenorizadamente os ideais dos agentes que fazem a escola, verifica-se que nem todos procuram o renovar constante com o objetivo exclusivo de desenvolver com qualidade a gestão, organização e efetivação da educação. Com hipocrisia deslavada agem alguns interesseiros e aproveitadores de situação que em nome de um bom sistema de ensino buscam seus próprios desejos, atrasando o crescimento substancial da escola como preparadora para a vida. Por outro lado, a grande maioria se faz de pessoas valentes que encaram o ensino como uma missão permanente, que pensam dia e noite em como aperfeiçoar suas ações, trazendo luz de esperança a cada etapa concretizada em sala de aula.
   Concluindo, é importante salientar que a escola como a vemos hoje está em processo de transformação. Mesmo a passos lentos, podemos notar a movimentação ininterrupta de atos que visam uma concepção moderna de gestão e até mesmo de avaliação dos alunos que não param de ingressar nas instituições de ensino de todo o país. Afinal, a imutabilidade não tem mais lugar no cenário do conhecimento.

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.
Tano Matemático

0 comentários:

Postar um comentário